Heroínas Românticas Apaixonantes

por Mariana Guarilha 

  • Elisabeth Bennet (Orgulho e Preconceito, Jane Austen)

Sou uma grande fã de Jane Austen e acho que sua Elisabeth Bennet é a principal influência da maioria das heroínas românticas que admiro. A mais inteligente das irmãs Bennet entendeu logo quais eram suas perspectivas, com a propriedade ligada ao título de seu pai que só possui filhas, elas tem que almejar um bom casamento se quiserem uma vida segura.  Apesar de compreender sua situação precária, Elisabeth não aceita ser humilhada e se arrisca ao declinar de duas propostas de casamento. Foi interpretada no cinema por Keira Knightley em 2005 no filme Orgulho e Preconceito dirigido por Joe Wright.  Também digna de nota é a interpretação de Jane Ehle na minissérie de mesmo nome produzida pela BBC em 1995.

  • Margaret Hale: (Norte e Sul, Elizabeth Gaskell)

Quando seu pai leva toda a família para uma cidade industrial, Margareth estranha a nova realidade. As regras da aristocrática vida no campo não parecem mais valer. Os ideais aristocráticos de Margareth a fazem desdenhar em um primeiro momento do burguês John Thorton, apesar da riqueza do mesmo. Apesar dos seus ares orgulhosos, Margareth acaba se mostrando simples e bondosa e sua recusa em entregar seu futuro nas mãos de um homem faz com que muitas mulheres modernas se identifiquem com ela. A adaptação da BBC trás Daniela Demby-Ashe como Margaret.

  • Jane Eyre  (Charlotte Brontë)

A protagonista de Charlotte Brontee viveu uma vida difícil, órfã, foi obrigada a viver em uma casa com pessoas que não a queriam. Quando finalmente vai viver como preceptora na propriedade de Rochester parece que todo o drama de sua vida se acabou, pois ambos se apaixonam e ela aceita se casar com ele. Porém, há uma terceira pessoa nessa história de amor. A coragem de Jane, e sua capacidade para enfrentar as adversidades a fazem única, é impossível não ler cada página torcendo pela felicidade da mesma.Ao contrário da maioria das heroínas românticas, Jane não é apenas um objeto decorativo , incapaz de trabalhar, Charlotte a escreve como uma mulher capaz de tomar o destino em suas próprias mãos. Possui diversas adaptações para o cinema , sendo a minha predileta a de 2011 com direção de Cary Fukunaga.

  • Hyacinth Bridgerton (Júlia Quinn)

Violet Bridgerton teve oito filhos e um marido que morreu prematuramente. A série de romances Os Bridgertons acompanha a cada um de seus filhos enquanto encontram o amor. Há uma dificuldade adicional além da frivolidade da aristocracia inglesa, com um exemplo tão impactante como o romance de seus pais, suas expectativas tendem a ser altas. Hyacinth é a mais nova das meninas Bridgerton, e desde o primeiro livro da série, onde aparece ainda criança, sua personalidade a destaca das demais irmãs. Não tem filtros ao falar o que pensa, e sua melhor amiga é uma matrona temida por toda a sociedade.

  • Freyja Bedwyng (Mary Balogh)

Caprichosa e orgulhosa, Freyja não é nada do que esperam de uma mulher do século XVIII. Também não é considerada especialmente bela entre seus pares, e sua amizade estreita com seus irmãos mais velhos parece torná-la ainda menos atraente àqueles com pouca coragem. O que me apaixona em Freyja é que apesar dela bancar a garota selvagem e destemida, ela tem um coração especialmente cálido e está sempre pronta a ajudar senhoritas em perigo. Aqueles que a conquistam tem sua devoção incondicional.

  • Phillipa ( Sarah McLean)

A menina que se interessa por ciências e assusta as criadas ao dissecar um ganso, cresce para se tornar uma mulher com pouco traquejo social, porém muito devotada a sua irmã Pennélope e a seus amigos. Apesar de dificilmente a série A regra dos Canalhas configurar como retrato fiel da sociedade e demonstrar uma tendência a privilegiar o erotismo em detrimento do desenvolvimento da história, Phillipa ou Pippa possui um carisma inegável, e sai do lugar comum por conta dos seus interesses científicos. Outra coisa que chamou minha atenção é que ela é uma heroína romântica que usa óculos.

  • Sarah Pleinsworth (Júlia Quinn)

A protagonista do terceiro volume da série Quarteto Smythe-Smith tem uma personalidade muito peculiar. Dada a frases grandiloqüentes e grandes gestos, tem o costume de só enxergar os acontecimentos em relação a si mesma. Porém, nem mesmo o egoísmo e a tendência ao exagero deixam Sarah menos adorável. É uma das minhas heroínas favoritas na obra da Júlia Quinn exatamente por seus defeitos serem tão escancarados, e por enxergar na personalidade de Sarah uma crítica aos clichês de outros romances de banca.

  • Penélope Featherington (Júlia Quinn)

A menina ruiva que era vestida de modo desastroso pela mãe e que parecia invisível em todos os bailes que participava, sempre contou com a proteção de Violet Brigerthon e com a minha simpatia, porém o crescimento da personagem e sua real aparição no terceiro volume da série Os Brigerthons de Júlia Quinn me pegou totalmente de surpresa. Dona de uma mente aguda, Penélope usa de sua condição de “invisível” na sociedade para se tornar uma das personalidades mais importantes de Londres.

  • Christine Derrick (Mary Balogh)

Saga

O par romântico de Wulfric Bedwing , o temido duque de Bewcastle é tudo o que uma dama não deveria ser. Filha de um pároco pobre, casou-se a primeira vez com um nobre inseguro que morreu em um duelo e a deixou as voltas com sua família hostil. Ao contrário de Bewcastle, Christine nunca fez questão de observar as estritas regras da alta sociedade inglesa e vive com leveza apesar das tristezas em seu passado.

  • Eve (Mary Balogh)

 

A protagonista de Ligeiramente Casados, primeiro livro da série Os Bedwings é especialmente virtuosa. Não há ninguém que Eve considere indigno de ser ajudado, sua propriedade está cheio de proscritos que formam sua nova família. Quando seu irmão morre na Guerra no continente, ela estava fadada a ser jogada na rua com todos aqueles que viviam sob sua proteção, inclusive seus filhos adotivos. Apesar de aceitar a ajuda de Aidan Bedwing para proteger aqueles que ama, Eve demonstra forte independência e abnegação, mas o que a torna realmente apaixonante é sua capacidade para a empatia.